Testemunho do Padre João Wilkes sobre a JMJ 2011

Nosso grupo oficial na JMJ era constituído de mais de 500 pessoas. Se contarmos, porém os inúmeros jovens e irmãos da comunidade que foram à Jornada, acredito que nossa participação chegou a umas 700 pessoas. Nunca a comunidade esteve presente de forma tão numerosa em uma JMJ.

Na Pré-JMJ em Granada tivemos uma participação marcante, com a realização de inúmeros espetáculos artísticos, como o Canto das Irias (em árabe e espanhol) e os shows de Davidson Silva e Missionário Shalom. Jovens de todo o mundo, ressaltando de modo particular uma forte presença libanesa, dançavam e cantavam nossas músicas. Acreditamos que a Pré-JMJ em Granada foi uma belíssima preparação para nossa missão que ali iniciará em 2012. O bispo, Mons. Javier, ficou muito feliz com a nossa presença e disse que queria nossa presença (naquele território) "para ONTEM"!

Os dias em Madri foram muito intensos. Nosso grupo mais numeroso, vindo do Brasil, viveu muitos desafios ligados à mudança de alojamento e outras questões logísticas. Mas reagiu sempre com muita maturidade e virtude. Quando jovens de outros países viam os nossos jovens enfrentando os desafios próprios de uma JMJ ficavam edificados e comovidos. Procuramos viver tudo isso na consciência de enfrentarmos uma fortíssima batalha espiritual, em um país (Espanha) que cada vez mais tem tomado, através dos seus governantes, decisões que se opõem aos grandes valores éticos inspirados pelo Evangelho. Considero que, como diz S. João em sua carta, os jovens demonstraram que são fortes, e, com a força de Cristo, vencem o maligno.

Era sempre impressionante ver o amor dos jovens ao Papa, sua alegria que invadia as ruas de Madri e a força de resistência a todas as dificuldades e desafios que se apresentavam.

O Santo Padre demonstrou nessa JMJ uma proximidade muito grande com os jovens. Esteve sempre muito perto dos mesmos. Até mesmo os sistemas de segurança, que em outras ocasiões não permitiam um contato tão próximo do Papa com o povo, dessa vez deram a oportunidade a Bento XVI de mostrar todo o seu carinho pela juventude.

Em Madri também apresentamos, como comunidade em diversos palcos e ocasiões, a riqueza de nossa evangelização através das artes. Nosso fundador, Moysés Azevedo, pôde acompanhar muito de perto todos os eventos, tendo recebido convites especiais da organização da JMJ. Ele também participou com um testemunho de um momento de evangelização na Praça de Espanha, num lugar central e estratégico da cidade, onde o movimento Anúncio, da França, promovia um grande evento.

De 4a a 6a feira, na semana da JMJ, animamos catequeses para os jovens em língua portuguesa, francesa e espanhola - uma ocasião única para servir a Igreja e os jovens do mundo inteiro. Os bispos catequistas, de um modo geral, nos agradeceram muito por este serviço. Foi a primeira vez que animamos catequeses em outras línguas, um belo sinal do processo de internacionalização que como comunidade temos vivido.

Tivemos durante toda a semana, em Madri, um stand vocacional, visitado por muitíssimos jovens do mundo inteiro, que queriam conhecer melhor a vocação e aos quais podemos fazer várias propostas de experiências vocacionais com a comunidade. Preparemo-nos para as vocações que o Senhor nos dará, das diversas partes do mundo!

Um grande presente que o Senhor nos deu foi que, Giselle Azevedo, uma jovem da comunidade de Aliança, representou o Brasil no acolhimento ao Santo Padre e teve a oportunidade de saudá-lo em duas ocasiões - quando foi recebido pelos jovens no primeiro evento em Madri e, no final, no encontro do Papa com os voluntários, no qual ela e um rapaz falaram em nome de todos os que tinham servido na JMJ. Foi um momento emocionant