11/10/2011

Nesta quarta, esperamos você no encontro com St.Teresinha no Shalom!


Por Fr. Patrício Sciadini, OCD.

2013 é um ano destinado a ficar na história da Igreja no Brasil, da juventude. O Brasil será a sede da Jornada Mundial da Juventude, onde milhões de jovens virão de todas as partes do mundo para renovar e manifestar publicamente a própria fé.

Quando a França foi sede da Jornada Mundial da Juventude, o beato João Paulo II não só proclamou Doutora da Igreja Teresa do Menino Jesus, mas também a proclamou Padroeira da Juventude. Ninguém melhor do que ela, que viveu 24 anos, pode compreender os desejos dos jovens.

Jovens do mundo inteiro têm desejos que nós, “velhos”, nem sempre compreendemos, mas se fizermos esforço para entrar de novo no útero da juventude e renascer no Espírito Santo, como diz Jesus, poderemos, sem dúvida, retomar os nossos sonhos de ontem e projetá-los hoje. Não numa forma monótona e antiquada, mas sim com o dinamismo que o século 21 exige.

O jovem quer viver. Teresinha queria viver a sua vida com entusiasmo, com amor, com novidade. E quando via um caminho fechado, ela não desanimava, mas procurava outro. Tinha dentro dela um ideal claro, e por isso lutou até consegui-lo. Queria ser carmelita, era o seu ideal. Disseram-lhe que era impossível aos 15 anos, mas ela insistiu, foi de porta em porta, até bater à porta do Papa Leão 13, e quando tudo parecia ser contra ela, as portas do Carmelo se abriram e realizou o seu sonho. Assim são os jovens, não desanimam nunca. Eles insistem de todas as formas e de todos os lados, até que conseguem o que eles querem. Jovem não pode ser acomodado. Deve saber que não se chega à meta sem sofrimentos. Que Santa Teresinha possa infundir nos jovens do mundo inteiro, mas especialmente aos do nosso Brasil, esta coragem de não desanimar nunca. Recomeçar sempre.

Teresinha queria ser santa, mas viu que o caminho da santidade daquele tempo era complicado; precisava ter saúde de gigante para fazer mortificações que chamassem a atenção, penitências. Ela se sentiu impotente para tudo isso. Mas não renunciou à santidade e buscou outro caminho, o caminho que todos podem percorrer, o caminho da infância, da pequena via, feito de amor, de renúncia, de abandono e de confiança em Deus. E chegou a ser santa, e uma grande santa.

Assim devem ser os jovens de hoje. Diante do ideal, não podem renunciar, mas devem procurar novos caminhos. Deus não quer gigantes físicos, força, mas quer gigantes no amor. É possível amar tanto nas dificuldades, na doença, quanto na saúde. Foi criativa nas suas intuições. Quem é mais criativo do que os jovens? Eles devem criar novos caminhos para a Igreja, para a família, para a missionariedade. Os valores serão os mesmos, mas a maneira de como vivenciá-los será diferente.

Vivemos na era do Facebook, do Ipod, do não sei o que, e todos estes meios devem ser colocados ao serviço de Deus. Jovens sabem como mexer com tudo isso e nós, velhos, devemos ter a humildade de agradecer a Deus pelos jovens que são mais criativos do que nós.

Teresinha queria ser missionária, mas estava no mosteiro, fechada por muros em todos os lados. Mas quem pode fechar o coração? Quem pode perder o amor? Ela foi capaz de superar tudo isso e, com amor, com fé, abraçou a humanidade na missionariedade e evangelização. “Quero ser missionária pela oração e pelo sacrifício.” É preciso encontrar caminhos missionários não só na ação, mas também na oração contemplativa no amor, que arde em nosso coração. Nesta festa deste ano de Santa Teresinha, vou pedir para ela que seja no meio dos nossos jovens força criativa, e que a Igreja no Brasil, desde agora, prepare uma Jornada Mundial da Juventude, única no seu gênero, bonita, de fé, de amor, que marque o futuro da fé do nosso povo brasileiro.