Estamos chegando ao fim de mais um ano e quase iniciando a época mais importante para alguns setores da economia, em especial para o comércio, que muito lucra nesse tempo, que é o Natal.
O Natal é sempre um acontecimento de muita festa, em que os cristãos do mundo inteiro comemoram o nascimento de Jesus Cristo, que veio ao mundo como redentor e salvador da humanidade. É um acontecimento muito importante, pois, o povo, de vários modos, se mobiliza para preparar e organizar este grande momento e, nós fazemos parte, também, de toda preparação e organização dessa festa.
Interessante que tudo que fazemos ao longo do ano converge nesta época com uma oferta de novidades, cor e entusiasmo infantil que “esmaga” qualquer um. Em todos os anos quando se inicia já o mês de novembro o nosso pensamento, como se fosse uma bússola, começa a mudar de direção e todo o nosso movimento é em direção a Festa de Natal. Começamos a pensar nos preparativos, na organização de tudo o que temos de fazer para a chegada desse dia. Pensamos nas pessoas, nos presentes que temos de comprar pra elas e, aí, não deve faltar ninguém! Pensamos em nossos parentes distantes que não podemos estar juntos nesse dia. Desejamos “Feliz Natal” a todos, mesmo àqueles que nem conhecemos.
Passear nos centros comerciais nesta altura do ano faz pensar que o país vive todo o ano a pensar no Natal, trabalha todo o ano para poupar para o Natal e só pensa durante os outros onze meses no tempo que falta para o Natal.
Este fenômeno deve ser devidamente analisado. Em primeiro lugar deve-se frisar que é um fenômeno recente, em segundo, que não é universal. Não é assim em toda a parte.
Este fenômeno deve ser devidamente analisado. Em primeiro lugar deve-se frisar que é um fenômeno recente, em segundo, que não é universal. Não é assim em toda a parte.
É recente, porque foi inventado pelas multinacionais do brinquedo e do entretenimento juvenil e jogos de computador, livros,... Claro que não inventaram o Natal, mas inventaram este fenômeno da troca de prendas e aproveitaram-no com a oferta de brinquedos e outras ofertas “descartáveis”. Não lhes interessa vender “prendas” que durem mais de doze meses. O brinquedo perfeito é aquele que fica obsoleto ou estragado antes do próximo Natal. O brinquedo perfeito é aquele que “abre o apetite” para os brinquedos que serão lançados no próximo Natal.
Quanto gasto com tanta inutilidade!
É preciso lembrar que a centralidade da festa é Cristo e que todo o movimento de preparação que fazemos só tem sentido quando o convertemos para um gesto concreto e diário em nossa vida, chamado união. A união é o grande sentido da festa natalina. Como disse Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30), nós também em Cristo devemos ser um. A comemoração do Natal deve ser uma grande festa para todos nós, uma festa da família humana reunida em um só coração e uma só alma.
Que Deus renasça no coração de cada um, tornando-nos mais humanos e fraternos com o próximo.